De acordo com uma matéria veiculada pelo G1 na última terça-feira (24), um incêndio em cinco veículos atingiu parte de um prédio no Centro de São Paulo. O fogo começou por volta das 4h na garagem do edifício, e deixou pelo menos dez pessoas feridas. Na ocasião, cerca de 40 pessoas tiveram que sair dos seus apartamentos.
O consultor Sergio Ricardo conversou com o CQCS e revelou como o seguro poderia ser útil neste momento. De acordo com ele, a matéria diz que são vários carros envolvidos neste incêndio, e provavelmente houve danos ao condomínio, seja pelas chamas, mas também pela fumaça, e risco das chamas subirem e atingirem os apartamentos.
Sérgio contou que o seguro de condomínio, dentro da cobertura básica, incêndio, explosão e outras, evidentemente vai fazer frente ao que aconteceu, ao incêndio em si e ao abalo das estruturas. Já em relação aos veículos, é preciso olhar a apólice específica do condomínio. “Se houver cobertura da responsabilidade civil garagista, qualquer uma das duas, ambas cobrem incêndios dos veículos, pode estar coberta até o limite de indenização. Resta saber qual é o limite de indenização, muitas vezes, no sentido de ‘baratear’ o seguro, se esquece que pode acontecer um evento desse, e você ter 5, 6, 10 carros impactados por um possível incêndio. Tem que olhar a apólice pra ver se está sendo coberto”, pontuou o professor.
“Em relação ao nexo causal, para saber se tem culpa ou não do condomínio, de alguma forma, o condomínio tem a culpa atribuída pela existência, uso e conservação, que é o RC do condomínio. Tem que ver se é o nexo causal, se foi culpa do condomínio ou eventualmente do veículo, como começou isso aí. Depois a própria perícia vai analisar”, continuou.
Nesse caso, migrando para o seguro de automóvel, o consultor disse que cada um dos carros sofreu prejuízo. “Se possuírem cobertura compreensiva, estariam cobertos, cada um por si no próprio seguro automóvel em relação ao incêndio. De um simples acidente, tem várias coisas envolvidas, vários tipos de seguro envolvidos”, explicou.
Além disso, Sergio afirmou que o assunto pode ser usado pelos corretores como estudo de caso. Na visão do professor, é uma situação interessante para os corretores, para se discutir inclusive em ambientes acadêmicos, em que as pessoas possam entender a importância do seguro e da atuação do corretor, que tem a função de orientar os clientes, condomínios, síndicos, e proprietários de veículo, das coisas que podem acontecer.